segunda-feira, 24 de outubro de 2011
IMPUNIDADE, RACISMO, INTOLERANCIA RELIGIOSA, VIOLENCIA CONTRA A MULHER. ATÉ QUANDO?
MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO - M N U
IMPUNIDADE, RACISMO, INTOLERANCIA RELIGIOSA, VIOLENCIA CONTRA A MULHER. ATÉ QUANDO?
Dia 23 de Outubro de 2010, um grupo de policiais militares fortemente armados, invadiu o projeto de Assentamento Dom Helder Câmara trazendo um homem negro algemado que haviam prendido e torturado em outra localidade. Entraram sem mandato algum na sede da associação e reviraram tudo. Questionados sobre as razões e ilegalidade da ação, deram voz de prisão e algemaram a coordenadora da Associação e yalorixa Bernadete Souza Ferreira, que foi puxada pelos cabelos momento em que o orixá do seu ori (Oxossi) a incorporou, foi colocada em um formigueiro sob injúrias proferidas por um dos policiais (Guedes), “as formigas expulsarão satanás”. Armas são apontadas para crianças e idosos provocando pânico e traumas.
Arremeçada na gaiola da viatura policial “feito um saco de batatas” disse uma testemunha, Bernadete foi conduzida até a delegacia da polícia civil em Ilhéus, onde foi colocada ainda algemada, numa cela onde havia um preso do sexo masculino. Familiares são impedidos de visitá-la na delegacia. Total desrespeito aos direitos humanos. Covardia, covardia, covardia...
UM ANO DEPOIS O QUE SE VÊ.
A delegada especial indicada pelo governador (Katiane, de Itabuna), concluiu seu relatório investigativo de forma capciosa, incompetente e omissa, em que “inocenta” os policiais infratores; A Polícia Militar não revela o resultado da investigação de sua corregedoria; o Ministério Público encaminha sua investigação paralela como é de práxis, ouvindo testemunhas, vitimas e tendo tido amplo acesso a laudos e a vasto material de registro do fato, mas, até agora não se pronunciou de forma categórica. Qual o resultado da investigação do Ministério público? Vai oferecer denuncia contra os infratores? Quando?
O MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO- M N U
Exige das autoridades responsáveis que cumpram a lei e punam os meliantes, exige do estado que reconheça o crime dos seus servidores e que tome providencia para dar um basta aos corriqueiros casos de violência policial; exige do governador Jaques Wagner que cumpra a sua palavra e cobre dos seus comandados a responsabilidade que lhes cabe; exige do ministério publico que cumpra o seu papel com mais agilidade.
Conclamamos o povo negro da Bahia, Os terreiros de Candomblé, as entidades do movimento social e sindical, os partidos políticos comprometidos com as causas da justiça e dos direitos humanos, a cerrar fileiras contra: A IMPUNIDADE, O RACISMO, A INTOLERANCIA RELIGIOSA, O GENOCIDIO DE JOVENS NEGROS.
Pela desmilitarização da Polícia e pela Paz
MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO- M N U, seção Ilhéus
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