quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
PAPAI NOEL É BOM, MAS PENA QUE ELE NÃO EXISTE
PAPAI NOEL É BOM, MAS PENA QUE ELE NÃO EXISTE
Egnaldo Ferreira França
Estudante do Curso de História da
Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC
Idealizador e fundador do Projeto Encantarte
egnegao@hotmail.com
Eis que chega dezembro, e como uma grande e afinada orquestra, a civilização cristã volta-se aos mais puros sentimentos de amor, religiosidade e solidariedade. Poucos são os que não desejam arranjos e adereços ornamentais para suas residências. A cidade fica mais bonita com suas luzes coloridas e ruas movimentadas em busca das esperadas promoções natalinas para assim poder presentear a quem se ama. Mas este estado de hipnose emocional, que atrai cada vez mais consumidores, costuma fazer brilhar os olhos diante das lojas, dos produtos, das aparências, mas não permite perceber quem por vezes os atendem. E ali, naquele atendimento, pode está configurado uma denúncia social ignorada pela maioria: o trabalho infantil.
Entre os dias 07 e 13 de dezembro deste ano em curso, dediquei-me a uma pesquisa no centro de Itabuna e na feira livre do Bairro São Caetano com um único interesse: encontrar crianças trabalhando e analisar o quanto essa realidade tem ceifado o direito a infância desses meninos e meninas desprotegidos dos seus direitos. Neste curto espaço de tempo entrevistei 26 crianças entre 10 e 13 anos de idade e certamente não foi alcançado nem 10% do contingente precocemente ativo no mercado de trabalho desta cidade. Comum em cada uma dessas crianças foi o olhar e o sentimento ao expressar seu amor ou repulsa ao período natalino e também à figura do Papai Noel. Nenhum dos encontrados estavam trabalhando porque seus pais ou responsáveis os forçaram, mas, eles, por não terem na família o necessário para sua sobrevivência lançaram-se no mercado para ajudar seus familiares, o que caracteriza uma postura adulta por mais que eles assim não entendam. Dessas 26 criança, apenas 02 estava fora da escola; 04 afirmaram que brincam durante a semana e trabalham no fim de semana, as demais disseram ter uma jornada dupla – estudar um turno e trabalhar no outro, sendo que uma grande parte desses continuam trabalhando também nos fins de semana; 23 disseram que ajudam no sustento da família. Ao questionar Porque trabalhavam, entre as resposta chamaram a atenção a do menor de 12 anos: “Pra mim ganhar meu dinheiro.”; outro com 10 anos disse: “Por causa que eu gosto.”; o carregador de 10 anos afirma: “Porque eu gosto, e quando dá dia de domingo, quando eu querer comprar arguma coisa eu tenho o dinheiro pra comprar.”; o garoto 13 anos disse: “Pra mim ajudar minha família.” Já este outro, carregador, de 10 anos afirma: “Pra ajudar a minha mãe.” Seja para si ou para ajudar seus familiares, fica evidente que esta vulnerabilidade socioeconômica faz com que essas crianças assumissem a responsabilidade diante da dificuldade.
Quando perguntados sobre o que acham do período natalino, um disse: “nada”; dois disseram :“ ... não sei...” ou “sei lá...”; muitos se limitaram a dizer: “bom” ou simplesmente responderam com um silêncio acompanhado por um triste olhar para o chão ou para o horizonte... Mesmo assim, 25 disseram gostar do Natal. Ao perguntar o que acham do Papai Noel, se destacaram as seguintes respostas: “...Eu nunca vi ele.”; “Eu acho que ele não existe”; “Ele é bom, mas que pena que ele não existe”; “Eu acho... Eu gosto dele, mas ele não existe...”; “Nada! Não existe!”; “... Eu não acredito em Papai Noel não”; “Nada”; “Não conheço ele...” Dos 26, 15 afirmaram categoricamente que não gostam do Papai Noel e 20 disseram que não acreditam no “bom velhinho”. A ultima pergunta foi o que gostariam de ganhar nesse natal. A bicicleta continua liderando os sonhos infantis, mas, dois desejos, em especial, chamaram à atenção: o vendedor de vale transportes de 11 anos respondeu: “...Deixa eu ver... Dinheiro”; o carregador disse: “Uma galinhota nova (...) porque a minha ta estragada...” Depoimentos dessa natureza, vindo de crianças, não deve ser encarado como algo normal. Essas crianças perderam, ou na verdade, não vivem sua infância. O consumismo desenfreado em perfeita comunhão com o capitalismo faz aumentar a pobreza. Mas os desejos depositados nos corações neste período certamente não é resolver essa questão. Alguns pedem paz, prosperidade, amor ou felicidade. Como pode haver paz se a fome ainda é problema para a maioria da população brasileira? Como pode haver prosperidade se o trabalho infantil ainda é fonte de sustento para muitas famílias? Como pode haver amor se nos negamos a enxergar o sofrimento das nossas crianças? Como pode haver felicidade se nossas crianças já não sonham mais sonho de criança e existem como adultos em miniaturas?
Para onde vai, portanto, os valores éticos, morais e espirituais se ignoramos o absurdo? Para que nos serve o espírito natalino se a maioria das nossas crianças não vivem a felicidade vendida pelo Papai Noel? Eis que chega o natal... E amanhã, certamente, surgirão novos vendedores de água de côco, de bolo, de tempero, de dvd / cd, de vale transporte, de roupa, de verdura, de caranguejo, guardadores de carro, carregadores e outros, todos crianças pois o consumismo desenfreado está aí, mas a beleza do bom velhinho ofusca a realidade dura vivida por muitas crianças neste país das maravilhas. Precisamos rever urgente os nossos conceitos...
Egnaldo Ferreira França
Estudante do Curso de História da
Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC
Idealizador e fundador do Projeto Encantarte
egnegao@hotmail.com
Eis que chega dezembro, e como uma grande e afinada orquestra, a civilização cristã volta-se aos mais puros sentimentos de amor, religiosidade e solidariedade. Poucos são os que não desejam arranjos e adereços ornamentais para suas residências. A cidade fica mais bonita com suas luzes coloridas e ruas movimentadas em busca das esperadas promoções natalinas para assim poder presentear a quem se ama. Mas este estado de hipnose emocional, que atrai cada vez mais consumidores, costuma fazer brilhar os olhos diante das lojas, dos produtos, das aparências, mas não permite perceber quem por vezes os atendem. E ali, naquele atendimento, pode está configurado uma denúncia social ignorada pela maioria: o trabalho infantil.
Entre os dias 07 e 13 de dezembro deste ano em curso, dediquei-me a uma pesquisa no centro de Itabuna e na feira livre do Bairro São Caetano com um único interesse: encontrar crianças trabalhando e analisar o quanto essa realidade tem ceifado o direito a infância desses meninos e meninas desprotegidos dos seus direitos. Neste curto espaço de tempo entrevistei 26 crianças entre 10 e 13 anos de idade e certamente não foi alcançado nem 10% do contingente precocemente ativo no mercado de trabalho desta cidade. Comum em cada uma dessas crianças foi o olhar e o sentimento ao expressar seu amor ou repulsa ao período natalino e também à figura do Papai Noel. Nenhum dos encontrados estavam trabalhando porque seus pais ou responsáveis os forçaram, mas, eles, por não terem na família o necessário para sua sobrevivência lançaram-se no mercado para ajudar seus familiares, o que caracteriza uma postura adulta por mais que eles assim não entendam. Dessas 26 criança, apenas 02 estava fora da escola; 04 afirmaram que brincam durante a semana e trabalham no fim de semana, as demais disseram ter uma jornada dupla – estudar um turno e trabalhar no outro, sendo que uma grande parte desses continuam trabalhando também nos fins de semana; 23 disseram que ajudam no sustento da família. Ao questionar Porque trabalhavam, entre as resposta chamaram a atenção a do menor de 12 anos: “Pra mim ganhar meu dinheiro.”; outro com 10 anos disse: “Por causa que eu gosto.”; o carregador de 10 anos afirma: “Porque eu gosto, e quando dá dia de domingo, quando eu querer comprar arguma coisa eu tenho o dinheiro pra comprar.”; o garoto 13 anos disse: “Pra mim ajudar minha família.” Já este outro, carregador, de 10 anos afirma: “Pra ajudar a minha mãe.” Seja para si ou para ajudar seus familiares, fica evidente que esta vulnerabilidade socioeconômica faz com que essas crianças assumissem a responsabilidade diante da dificuldade.
Quando perguntados sobre o que acham do período natalino, um disse: “nada”; dois disseram :“ ... não sei...” ou “sei lá...”; muitos se limitaram a dizer: “bom” ou simplesmente responderam com um silêncio acompanhado por um triste olhar para o chão ou para o horizonte... Mesmo assim, 25 disseram gostar do Natal. Ao perguntar o que acham do Papai Noel, se destacaram as seguintes respostas: “...Eu nunca vi ele.”; “Eu acho que ele não existe”; “Ele é bom, mas que pena que ele não existe”; “Eu acho... Eu gosto dele, mas ele não existe...”; “Nada! Não existe!”; “... Eu não acredito em Papai Noel não”; “Nada”; “Não conheço ele...” Dos 26, 15 afirmaram categoricamente que não gostam do Papai Noel e 20 disseram que não acreditam no “bom velhinho”. A ultima pergunta foi o que gostariam de ganhar nesse natal. A bicicleta continua liderando os sonhos infantis, mas, dois desejos, em especial, chamaram à atenção: o vendedor de vale transportes de 11 anos respondeu: “...Deixa eu ver... Dinheiro”; o carregador disse: “Uma galinhota nova (...) porque a minha ta estragada...” Depoimentos dessa natureza, vindo de crianças, não deve ser encarado como algo normal. Essas crianças perderam, ou na verdade, não vivem sua infância. O consumismo desenfreado em perfeita comunhão com o capitalismo faz aumentar a pobreza. Mas os desejos depositados nos corações neste período certamente não é resolver essa questão. Alguns pedem paz, prosperidade, amor ou felicidade. Como pode haver paz se a fome ainda é problema para a maioria da população brasileira? Como pode haver prosperidade se o trabalho infantil ainda é fonte de sustento para muitas famílias? Como pode haver amor se nos negamos a enxergar o sofrimento das nossas crianças? Como pode haver felicidade se nossas crianças já não sonham mais sonho de criança e existem como adultos em miniaturas?
Para onde vai, portanto, os valores éticos, morais e espirituais se ignoramos o absurdo? Para que nos serve o espírito natalino se a maioria das nossas crianças não vivem a felicidade vendida pelo Papai Noel? Eis que chega o natal... E amanhã, certamente, surgirão novos vendedores de água de côco, de bolo, de tempero, de dvd / cd, de vale transporte, de roupa, de verdura, de caranguejo, guardadores de carro, carregadores e outros, todos crianças pois o consumismo desenfreado está aí, mas a beleza do bom velhinho ofusca a realidade dura vivida por muitas crianças neste país das maravilhas. Precisamos rever urgente os nossos conceitos...
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Reunião da Equipe do Ponto de Cultura abre as atividades em 2010
Ontem, 19 de janeiro de 2010, Mãe Vanda reuniu a Diretoria e a equipe do Ponto de Cultura da Associação do Culto Afro Itabunense para realizar a primeira reunião do ano a fim de deliberar acerca do início das atividades do PC em 2010.
O encontro contou com a participação de diretores, voluntários, arte educadores, representantes de entidades parceiras e pessoas da comunidade.
A pauta incluiu:
Início das atividades em 2010.
Prestação de contas 2009.
Relatório da Coordenação do Projeto Cultura Em Ação.
Avaliação interna, metodologia, tarjetas com leitura e discussão.
Contratações, planos de curso, perfil dos oficineiros.
possíveis parceria: Encantarte, Grupo Humanos, Oficinas de aúdiovisual com JUNTADADOS/Jr Pinheiro.
Projeto Terreirada, pré agendado para acontecer em 02/2010.
Programa Pontos de Prevenção:
Oficinas de capacitação para a equipe do PC.
Distribuição de preservativos.
Participação do PC na Teia 2010
Participação do PC na Conferência nacional de cultura.
Comemorações aos 30 anos de santo de Mãe Vanda.
domingo, 17 de janeiro de 2010
Aberta as comemorações aos 30 anos de santo de Mãe Vanda
Preparativos para os 30 anos de Mãe Vanda
No dia 24 de dezembro de 1941, nascia, nesta cidade de Itabuna, a Filha de Oyá, Desdêmona Ferreira Dantas, nossa Mãe Vanda, a Yalorixá deste Terreiro. Casada há 48 anos e mãe biológica de seis filhos. Três desses se iniciaram no axé: Luiz Carlos Dantas (Babalaxé), Alana Dantas (Yakekerê) e Paulo Dantas (Ogã), ainda uma neta, Tâmara de Oxoguiyan ( Iyawò). Sua história é repleta de memória viva e ativa. Filha de Oyá com Omolu, Mãe Vanda sempre mostrou determinação naquilo que queria realizar. Foi iniciada no Axé no dia 22 de fevereiro de 1980, pelas mãos de Mãe Nair da Silva Oliveira, Kamungunzu de Odé. Fundou o Ilê Axé Oyá Funké no dia 22 de agosto de 1987, dando continuidade às suas obrigações. Anexo ao terreiro, fundou um Orfanato que abrigou mais de 500 crianças. Algumas adotadas no Brasil, outras no exterior. Outros, ainda, seguiram os passos de Mãe Vanda, iniciando-se no santo: Cristiane d’Oxossi (primeira Ekedji da casa, hoje residente em São Paulo), Gabriel Nunes e Adriano Lucas(ambos Ogãs e filhos de Ogum) e Débora Lourença de Yemanjá Ogunté (Ekedji). Hoje seus filhos aumentaram: os filhos do axé. Iniciados que se viram envolvidos pela simplicidade, simpatia e carisma de mãe. Sua saga continua: torna-se advogada, formando-se em Direito na Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna – FESPI. Em seguida é aprovada em concurso público municipal, assumindo ao cargo de Procuradora Jurídica da Secretaria de Desenvolvimento Social. No ano de 1987 torna-se, Sócio - Fundadora da ACAI – Associação de Culto Afro Itabunense, onde responde, com afinco, a tudo que diz respeito à abertura de Casas de Candomblés, documentações etc. Mais um passo em sua trajetória: foi eleita Presidente das Baianas de Acarajé de Itabuna, respondendo pelos direitos ao resgate da tradição. Com ímpeto e firmeza, realiza o primeiro casamento religioso com efeito civil em seu Terreiro de Candomblé no interior da Bahia, ato que somente ocorria em determinadas religiões. Tal ato representa um histórico de valorização da nossa cultura afro – brasileira e da valorização do Candomblé enquanto religião constitucionalmente reconhecida enquanto tal. Com a garra dos ventos e das tempestades, Mãe Vanda é fundadora, no ano de 2009, do Ponto de Cultura – Itabuna, localizado dentro de um espaço de axé: ousadia de quem sempre sonhou e desejou o respeito. Alçando voos mais altos, adentra no universo das mulheres grapiúna, assumindo a posição de Conselheira do Direito da Mulher, fazendo valer a força que elas têm. É também Conselheira Municipal de Assistência Social, assumindo sua posição de ser humano que pensa no outro e em seus direitos. Sua presença em Cultos ecumênicos tornou-se corriqueira, enfatizando sua luta pelo social, sua garra enquanto mulher e seu desejo de crescer e de possibilitar os outros no mesmo caminhar. Assim, segue a grande história desta mulher, Yalorixá e advogada, que, neste ano de 2010 completará 30 anos de história no caminho do axé. Guerreira e desafiadora tal qual a Mãe que rege o seu Ori – Mãe Yansã – é assim que Mãe Vanda se mostra neste plano terreno, deixando sua mensagem de vida, fé, coragem e memória viva.
Itabuna, 16 de Janeiro de 2010.
No dia 24 de dezembro de 1941, nascia, nesta cidade de Itabuna, a Filha de Oyá, Desdêmona Ferreira Dantas, nossa Mãe Vanda, a Yalorixá deste Terreiro. Casada há 48 anos e mãe biológica de seis filhos. Três desses se iniciaram no axé: Luiz Carlos Dantas (Babalaxé), Alana Dantas (Yakekerê) e Paulo Dantas (Ogã), ainda uma neta, Tâmara de Oxoguiyan ( Iyawò). Sua história é repleta de memória viva e ativa. Filha de Oyá com Omolu, Mãe Vanda sempre mostrou determinação naquilo que queria realizar. Foi iniciada no Axé no dia 22 de fevereiro de 1980, pelas mãos de Mãe Nair da Silva Oliveira, Kamungunzu de Odé. Fundou o Ilê Axé Oyá Funké no dia 22 de agosto de 1987, dando continuidade às suas obrigações. Anexo ao terreiro, fundou um Orfanato que abrigou mais de 500 crianças. Algumas adotadas no Brasil, outras no exterior. Outros, ainda, seguiram os passos de Mãe Vanda, iniciando-se no santo: Cristiane d’Oxossi (primeira Ekedji da casa, hoje residente em São Paulo), Gabriel Nunes e Adriano Lucas(ambos Ogãs e filhos de Ogum) e Débora Lourença de Yemanjá Ogunté (Ekedji). Hoje seus filhos aumentaram: os filhos do axé. Iniciados que se viram envolvidos pela simplicidade, simpatia e carisma de mãe. Sua saga continua: torna-se advogada, formando-se em Direito na Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna – FESPI. Em seguida é aprovada em concurso público municipal, assumindo ao cargo de Procuradora Jurídica da Secretaria de Desenvolvimento Social. No ano de 1987 torna-se, Sócio - Fundadora da ACAI – Associação de Culto Afro Itabunense, onde responde, com afinco, a tudo que diz respeito à abertura de Casas de Candomblés, documentações etc. Mais um passo em sua trajetória: foi eleita Presidente das Baianas de Acarajé de Itabuna, respondendo pelos direitos ao resgate da tradição. Com ímpeto e firmeza, realiza o primeiro casamento religioso com efeito civil em seu Terreiro de Candomblé no interior da Bahia, ato que somente ocorria em determinadas religiões. Tal ato representa um histórico de valorização da nossa cultura afro – brasileira e da valorização do Candomblé enquanto religião constitucionalmente reconhecida enquanto tal. Com a garra dos ventos e das tempestades, Mãe Vanda é fundadora, no ano de 2009, do Ponto de Cultura – Itabuna, localizado dentro de um espaço de axé: ousadia de quem sempre sonhou e desejou o respeito. Alçando voos mais altos, adentra no universo das mulheres grapiúna, assumindo a posição de Conselheira do Direito da Mulher, fazendo valer a força que elas têm. É também Conselheira Municipal de Assistência Social, assumindo sua posição de ser humano que pensa no outro e em seus direitos. Sua presença em Cultos ecumênicos tornou-se corriqueira, enfatizando sua luta pelo social, sua garra enquanto mulher e seu desejo de crescer e de possibilitar os outros no mesmo caminhar. Assim, segue a grande história desta mulher, Yalorixá e advogada, que, neste ano de 2010 completará 30 anos de história no caminho do axé. Guerreira e desafiadora tal qual a Mãe que rege o seu Ori – Mãe Yansã – é assim que Mãe Vanda se mostra neste plano terreno, deixando sua mensagem de vida, fé, coragem e memória viva.
Itabuna, 16 de Janeiro de 2010.
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