Carta Aberta para Denúncia de Aviltamento da Fé dos Povos de Terreiro
Como integrantes, devotos(as) em exercício e representantes dos Povos de Terreiro em comum acordo e pela reivindicação uníssona em toda a Comunidade que o compõe, vimos por meio desta expressar o repúdio coletivo aos incessantes crimes, estupros, assassinatos e demais ações de vilipêndio a ordem social e da lei, indevidamente – ressaltamos – imputadas pelos meios de comunicação, assim como autoridades das mais diversas esferas à nossa crença. Seja por interesses sensacionalistas de informação ou por razões escusas de líderes de outras religiões (que, por tráfego de influência política ou financeira, como é de conhecimento geral da sociedade, nos agridem) na prática de intolerância religiosa, vem insuflando depredações, violência física e escárnio público ao segmento dos Povos de Terreiro.
Somos sacerdotes, sacerdotisas e fiéis em nossas crenças, mas antes de tudo somos brasileiros, e temos o direito de livre exercício da fé garantidos pela Constituição Federal e demais legislações nacionais, além da Declaração Universal dos Direitos Humanos, vigente e adotada por 58 estados das Nações Unidas no ano de 1948, da qual o Brasil é signatário, sendo definido no artigo 18: “Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular”, assim como outras legislações internacionais das quais o Brasil também é signatário tais como a Convenção nº 169 da OIT.
Os nossos antepassados morreram pelo Brasil para que vivêssemos em uma pátria livre, livre da escravidão, livre do preconceito, livre da intolerância religiosa e livre das perseguições que eles tanto sofreram no passado.
Viemos a luz da sociedade civil organizada, para manifestação contrária ao abuso praticado pela mídia em nos veicular a pretensos ritos de sacrifício humano, já que reza em nossos códigos morais e devocionais a impossibilidade, frisamos, de ser humano ser imolado, pois toda a crença dos Povos de Terreiro baseia-se na descendência, na ancestralidade e na coesão do núcleo tribo-família, fato amplamente reconhecido em vários estudos antropológicos, portanto todo e qualquer rito e ato que venha a ferir o princípio do direto humano à vida não possuem qualquer vínculo ou aceitação em nosso meio, possuindo de nossa parte total repudio.
Quanto aos sacrifícios ritualísticos com de animais, estes são presentes em várias culturas:
1. Na Grécia Antiga, o sacrifício era de origem alimentar o Kanun.
2. Ritos funerários de Toraja (fica numa região montanhosa do sul da Indonésia) são importantes eventos sociais, com duração de vários dias com a participação de centenas de pessoas em geral. Sendo a família é quem promove o ritual.
3. Os sacrifícios constituíam parte essencial da religião dos Incas.
4. Em Israel os Judeus utilizam-se de galos e galinhas no ritual que antecede o Yom Kippur.
5. Na religião Islâmica existe o ritual do Qurban.
6. Na Bíblia hebraica, Deus ordena que os israelitas ofereçam sacrifícios de animais no santuário, ou tabernáculos. Quando os israelitas já haviam chegado à terra de Canaã, ordenou-se que todos os sacrifícios terminassem, exceto os que aconteciam no Templo de Jerusalém. Na Bíblia, Deus pede sacrifícios como um sinal de sua aliança com povo de Israel. O sacrifício também era feito para que Deus perdoasse os pecados, uma vez que o animal estaria sendo punido no lugar do pecador
7. Na Bíblia cristã é referido, por exemplo, o caso de Abraão que, para provar a sua fé em Deus teria de sacrificar o seu único filho, imolando-o e queimando-o numa pira de lenha, como era costume para os sacrifícios de animais.
Os Povos de Terreiro não foram, são ou serão os únicos que praticam a imolação de animais. E, se na base das fés cristã e hebraica, havia a mesma tradição, apesar de erradicada mais tarde, é sinal que seus Deuses a adotavam como ação correta e prática boa, podem ser considerados, segundo atuais rótulos apregoados, “tão malévolos” quanto os nossos, sendo que a diferença que ocorre nos dias atuais é que infelizmente os nossos ritos sagrados foram vilipendiados de nossos lares e lançados ao vento para que todos saibam, enquanto outras religiões o fazem de forma oculta para que a sociedade não os conheça.
Devemos entretanto esclarecer perante a sociedade que tais rituais servem para alimentar nossas casas, sendo hipocrisia daqueles que nos atacam uma vez que consomem carne comprada nos açougues e supermercados, no nosso caso nos alimentamos de um alimento sagrado, pois antes de imolá-los, procuramos consagrá-los ao Divino, deixando aquele item de ser apenas um mero elemento gastronômico, mas sim um alimento sagrado de união entre o ser humano e a energia cósmica de Deus.
Crueldade com seres vivos? Vale a pena esclarecer o seguinte: o sacrifício dos animais na ritualística é diferente do assassinato que é cometido por pessoas desajustadas.
Entendemos nas fés de ancestralidade africana, ser um processo natural da vida e sagrado o ato de imolar nossos alimentos, pois mais do que servir para sobrevivência e para nos alimentar, como dissemos anteriormente, é um ato de união com o sagrado. Todo ser vivo na cadeia alimentar, é predador de outro: os herbívoros comem as plantas e os carnívoros animais diversos. E isso não é pecado, pois seria presumir algo ruim feito por Deus. É o ciclo da vida, onde até mesmo para evitar superpopulação de determinada espécie, há predadores e presas.
É provado que as plantas também sentem dor. Podem não ter segundo alguns entendimentos “estados mentais” dos animais, mas sentem e como seres vivos, rejeitam a morte. Comeríamos então o que? Só porque não possuímos condições de ouvir os gritos da mãe natureza ao se derrubar uma arvore, ao pescarmos um peixe e poluirmos um rio que esta não sinta dor?
Extermínio de espécies? Tal acusação errônea não procede. Somos a favor de evitar a caça (seja para fins alimentícios, ritos ou de vestuário) de animais em extinção. Evita-se predar o que está desaparecendo do planeta. Mas bodes, cabras, galinhas, pombos, porcos, patos e etc, não constituem esse caso, até porque fazem parte da criação em nossas casas justamente para tais fins, o de alimento sagrado.
Deixando emblemáticas puritanas, vamos comparar as diferença entre as vitelas compradas num supermercado para churrasco e o sacrifício de um animal em nossos rituais?
O churrasqueiro para saciar o paladar refinado da carne de alta qualidade, não se importa em saber que sua origem vem de bezerros entre três, a cinco meses de idade. Confinados em baias, estes filhotes, são impedidos de moverem-se para terem o mínimo de músculos. São alimentados com substitutivo do leite deficiente de ferro, tornam-se anêmicos. A pobre alimentação visa atingir a nata da vitela: criação de carne branca e macia de bezerros machos. O abate destes, muitas vezes é longo, cruel e violento e tudo isso para atender a gula de meia dúzia de abastados. Visitar uma área de criação de vitela é como estar em um campo de concentração infantil. Os novilhos olham para os visitantes e se aproximam como quem pede ajuda. Tentam sugar dedos ou pedaços de roupas, enchem os olhos de lágrimas e emitem sons guturais estranhos. Esse sofrimento não dura mais que três meses, quando já estão prontos para o abate. São então levados para um local onde são cruelmente mortos, em geral com um corte profundo na jugular, para perder todo o sangue lentamente. Seria alimentar-se de tal carne ter um “paladar refinado”? Todo ano, só nos EUA cerca de um milhão de bezerros são mortos para servir aos refinados apreciadores de uma boa carne.(!?!) O hábito de comer vitela começou provavelmente quando vacas grávidas morriam e serviam de refeição. Percebeu-se que o feto tinha uma carne de textura muito tenra. Depois vieram os métodos para manter a carne do bezerra macia por mais tempo. Por isso hoje se consegue essa façanha com animais de até três meses de idade.
Os membros dos Povos de Terreiro, para seu ritual, compram ou criam um bicho saudável, alimentado e crescido normalmente. O abate é com o mínimo de sofrimento possível, pois lembramos que o mesmo é o nosso alimento sagrado, estando ele abençoado antes de ser consumido, uma vez que os nossos Povos possuem toda uma interação para com a natureza, buscamos preservá-la pois dela vem o nosso alimento, além do fato de que dela viemos e para ela retornaremos, nossas tradições e forma de conviver remonta do mais longínquo momento de ligação com nossos antepassados, sua representação e participação para com o meio em que vivemos, os nossos elementos sagrados estão diretamente ligados à natureza, da qual dependemos e respeitamos, portanto buscamos viver em total integração com todos os elementos que a compõem.
Ou seja, nós temos métodos mais piedosos de obter alimento e apenas aproveitamos religiosamente, o que outros crentes distintos da fé por nós cultuada, desprezam nos abatedouros. Gostaria de saber se os ilustres políticos agindo contra nossa cultura e fé, abrem mão de leitão à pururuca na mesa, churrascos de final de semana e roupas ou acessórios de couro legítimo. Conclui-se ser hipocrisia, portanto, gerar polêmicas em torno dos ritos envolvendo animais em acusações de vilania, quando desfrutam por mero deguste, do abate de víveres. Se não bastasse, são consumidores do comércio de peles, cosméticos, couro, marfim e outros produtos de origem animal, comprovadamente cruel com bichos, este sim, assassinando e matando violentamente sem critério.
O fato verídico transparece: trata-se de uso de pretensa “ação politicamente correta” como desculpa de “pseudo benevolentes e conscientes” políticos e lideres, devotos de outras religiões, para, sem pudores, virar a opinião pública contra nós, levando-nos ao ódio e perseguição social.
Nesta carta porta-voz do direito liberdade no exercício religioso, direitos assegurados na Constituição Federal, declaramos o aparente esquecimento dos políticos religiosos sobre a imparcialidade de julgamento em seus cargos. Por força de influência, nos seus mandatos, calam a lei ou alguma atitude vetando tais ataques e falsas acusações.
Triste, porém verdade: Nenhuma das autoridades competentes de atuação neste âmbito da questão, interferem nessa “Caça as Bruxas” em território nacional.
Este relato é a prova fidedigna fornecida de que na prática, a teoria constitucional de direitos, não funciona como deveria. Os dirigentes da Nação, nas bancadas políticas e plenários, ao invés de olharem para os fiéis de crença diferente a sua, sem favorecer o culto de sua devoção em detrimento de demais doutrinas.de fato puxam a brasa “para sua irmandade” e levam as outras, (tratadas como inimigas) ao apedrejamentosocial de forma bestial, executando-nos segundo as leis (ditas por eles) ordenadas por Seu Deus, que em vida sempre dizia, “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.
E a lei cruza os braços, se faz cega e em nada aplica sanções para coibir tal calúnia, vil desmoralização e difamação, quando os gestores públicos que deveriam fazê-la se cumprir se omitem e utilizam-se de falácias indevidas.
Enquanto isso, numa coincidência total, acirra-se o debate político sobre se o Brasil deve ou não, ser um Estado Laico (sem religião oficial). Nesta disputa, vários advogados ilustres como o Sr Gilberto Garcia (Advogado, Pós-graduado em direito e Mestre em Direito. Especialista em Direito Religioso, Conselheiro Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil e Membro Titular do Instituto dos Advogados Brasileiros), declara o seguinte:
“Contudo, apesar de todas as manifestações contrárias da sociedade civil organizada, especialmente através de grupos e organizações de defensores do Estado Laico, que é o Estado Sem Religião Oficial, com destaque para atuação da Frente Evangélica Parlamentar, a Câmara de Deputados em Brasília/DF, aprovou o Acordo Internacional, que é uma Concordata Católica, firmado pelo Presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, em novembro de 2008, com o Papa Bento XVI, na Cidade do Vaticano, sede da Santa Sé. (País esse que se nega a reconhecer o Tribunal de Haia, pois se assim o fizer será julgado e condenado por inúmeras atrocidades cometidas em nome de Deus através da ‘santa” inquisição, de suas cruzadas e bulas papais que autorizaram a escravidão dos povos pagãos, sendo quem sabe jogada à fogueira que tanto alimentou).
...Num retrocesso histórico em pleno Séc. XXI este posicionamento adotado pela Câmara de Deputados rompe uma tradição de quase cento e vinte anos de história do Brasil republicano, pelo que, desde 1891, Igrejas de qualquer confissão religiosa, sejam evangélicos, católicos, espíritas, umbandistas, candomblecistas, mulçumanos, judeus, orientais etc, e ainda os agnósticos e ateus, tem sua ampla liberdade religiosa amparadas pela Constituição Federal Brasileira...
Esta é uma das mais relevantes razões porque construímos ao longo da história republicana uma sociedade pluralista que tem conseguido manter a liberdade de expressão espiritual para as variadas representações religiosas de todos os matizes de fé, às quais convivem pacifica e harmonicamente, e esta Lei Geral de Religiões, que é a “Concordata Evangélica?!”, no caso das Igrejas e Organizações Religiosas poderá, entre outros, provocar conflitos de representatividade legal junto a sociedade civil organizada, inclusive junto a órgãos públicos e privados.
Também por isso é que esta Concordata Católica e a Lei Geral das Religiões - “Concorda Evangélica?!”, necessitam ser rejeitadas no Senado Federal, pois se forem ratificadas pelo Congresso Nacional, logo após a sanção do presidente da república, os grupos defensores do Estado Laico, inclusive os evangélicos, necessitarão promover uma Ação de Declaratória de Inconstitucionalidade junto ao Supremo Tribunal Federal, guardião maior da Constituição Federal da República Federativa do Brasil, para que mantenha o princípio constitucional da Separação Igreja-Estado, que é o Estado Sem Religião Oficial, vigente desde 1891 em nosso país.”
Assim, referente a alguns temas recentemente vinculados à imprensa, esclarecemos que:
1) Fatos ocorridos em Águas Lindas de Goiás:
1. Desconhecemos o adolescente que se intitula Pai de Santo. Em nossas casas para que alguém receba tal posto sacerdotal, ele necessita passar por vários anos de iniciação para tão somente após uma avaliação fazer juz a recebê-lo, e o mesmo é concedido por alguém que o iniciou, neste caso não conhecemos a pessoa dele nem quem o tenha concedido tal posto, e dentro de nossas liturgias desconhecemos o que por ele foi praticado ao seqüestrar uma criança para fazer amarração em proveito próprio com o ex namorado.
2) Promessas de atrair a pessoa amada em “x” dias ou horas:
1. Não é condizente com a prática religiosa promessas enganadoras, aonde falsos e/ou mal religiosos utilizam-se da fé e carência alheia para beneficiar-se financeiramente como ocorrido no Rio de Janeiro por um João da Pomba Gira e outros que venham a fazer tal prática no seu dia a dia.
3) Práticas satânicas, demoníacas e/ou de magia negra
1. Em nossa religião só existe um ser supremo, que conforme a etnia de sua casa é denominado de Zambi (Povos Bantu), Olódùmarè ou Olorum (Povos Yorubá), Lissá (Povos Ewe/Fon), não fazendo parte de nossa liturgia, prática ou devoção a adoração ao demônio ou satã, tal ser faz parte da crença Cristã, não possuindo acolhida em nossas casas.
2. Infelizmente por questões de racismo institucional quando se fala em “magia negra”, as pessoas procuram vincular tal denominação aos Povos de Terreiro, ocorre que tal prática é de origem Européia, não existindo em nosso meio, portanto quando uma autoridade pública ou a mídia relatar tal fato deve evitar de fazer vinculação da mesma as nossas casas, sob pena de crime de dano moral coletivo.
4) Recentes declarações da senhora Rosane Brandão Malta (ex-Rosane Collor de Mello):
1. As declarações da mesma sobre práticas de magia negra na casa da Dinda, praticadas pela então Ex-Mãe de Santo Maria Cecília da Silva, precisam ser corrigidas. Conforme entrevista concedida à revista Época, a atual evangélica Maria Cecília da Silva confessa que em 1986 a mesma “vendeu a sua alma ao Diabo”, fazendo um pacto para com o mesmo, tal afirmação se faz presente na matéria vinculada pela revista em seu site acessível através do linkhttp://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT385297-1659,00.html. No momento em que a mesma faz tal pacto, ela abdica de sua religiosidade, deixando de ser uma mãe de santo, portanto tudo por ela realizado conforme consta na entrevista, foi feito por orientações daquele com a qual ela realizou o pacto. Acreditamos que tais pessoas, por suas trajetórias religiosas cheias de confusão não merecem crédito, pois utilizam-se da fé e da religiosidade conforme os seus interesses pessoais, antes eram de uma religião, daqui a pouco fazem um pacto com o demônio e em seguida migram para a religião evangélica, quem pode garantir que amanhã não resolvam mudar para outra aonde possam ter maiores vantagens? Isso não é ser religioso, é utilizar-se da religião para proveito próprio e auto promoção perante o público, tal prática não condiz com uma pessoa religiosa.
Nós não queremos ou pretendemos dominar o cenário religioso brasileiro, mas exigimos que ao invés de utilizarmos de termos técnicos lindos e repletos de teoria, queremos sim ter mais do que políticas transversais, horizontais, verticais ou paralelas, queremos ter um Brasil repleto de respeito, dignidade e de liberdade que a Carta Magna de Direitos deste país nos deu. Senhores e senhoras da política e da mídia, esta na hora de um basta. Ponham a mão na consciência e atuem pela decência e cumprimento das leis de livre expressão religiosa. Abaixo o preconceito e a intolerância!
Uma frase para reflexão:
Em Yorubá “Nã Oluwa Alasaro Nití Àioyé On Irin, Íbí Gbogbo Gbon-Agbomregé Òti Sogbogba, Pé Um-hún Àtaiyebaiye Gbogbo Àjumodapo Towotowó, Feran Gbogbo Pagagidi Basi Papá Tiwá Fé”.
Em Kibundu "O muadiakimi Mubangi kua mungongo ni muenhu abange hoso kiavisa ni kiengi ene a tu abange kukala ni mueniu, ni ujitu, etu kuzola."
Em Português “O Senhor criador do mundo e da vida, fez todos os seres vivos da forma mais complexa e diversificada, para que assim todos possam viver, conviver e se respeitar, amando uns aos outros da mesma forma como ele nos ama”.
Atenciosamente,
Rede Afrobrasileira Sociocultural
(pedimos aos membros e instituições que concordem com o conteúdo da carta que informem os dados - nome, cidade/estado e instituição que faz parte, para constar no documento que será objeto de coleta de assinaturas por 15 dias) encaminhando por e-mail redeafrobrasileira@redeafrobrasileira.com.br ou pelo link clicando aqui e abaixo assinado clicando aqui