Infelizmente isso é apenas uma pontinha do "iceberg", os Terreiros de Candomblé centenários e seus Sacerdotes são constrangidos na Capital da Bahia, imaginem no Interior do Estado,
Por favor, divulguem, mostrem seu repúdio a mais esse desrespeito religioso.
Nossos atabaques não vão parar de tocar...e ai? Nossas comunidades e sacerdotes vão passar por mais esse constrangimento? Voltaremos a ser "marginais"? Sofreremos mais perseguição policial? Voltaremos a frequentar as delegacias? Nossos templos serão invadidos e nossos instrumentos apreendidos? Vamos pedir permissão para funcionar? Solicitar alvará para as cerimônias e festividades? Para quem? Os Neo pentecostais? Os vizinhos que chegaram depois do Terreiro? Cujas famílias frequentam nossos espaços sócio/culturais/educativos/festivos e religiosos?
Não importa, Nossos atabaques não vão parar de tocar!
Não vão nos fazer calar.
A Associação do Culto Afro Itabunense se coloca solidária a comunidade do Terreiro Ilè Ase Odò Ègè, e se coloca a disposição para o que se fizer necessário.
AXE
Desdêmona Ferreira Dantas
Mãe Vanda
Iyalorisa N'Ilè Ase Oya Funké
Presidente Associação do Culto Afro Itabunense
Alana Lícia Dantas
Iyá Kekerè N'Ilè Ase Oya Funké
Comissão de Comunicação N'Ilè Ase Oya Funké
Luiz Dantas
Babalasé N'Ilè Ase Oya Funké
Coordenador Ponto de Cultura
Associação do Culto Afro Itabunense
Rep. Território Litoral Sul no Fórum dos Pontos de Cultura da Bahia
G26 Comissão de Comunicação
73 3612 0175
Pessoas,
O Racismo e a Intolerância tomam conta da cidade de Salvador, nos últimos cinco anos, a atual gestão da Prefeitura de Salvador tem voltado a perseguição aos Terreiros de Candomblé, só como exemplo o Terreiro da Casa Branca um dos mais conhecidos da Cidade tem lutado na justiça contra a cobrança de IPTU que a mesma prefeitura lhe isentou no processo de tombamento nacional e municipal, quem não se lembra do terreiro Oyá Onipó Neto de Mãe Rosa, destruído pela SUCON no bairro do Imbuí. Nesses dois casos a questão é simples o novo PDDU da cidade, querem desapropriar a Casa Branca tirando a Praça de Oxum, já o terreiro Oyá Onipó Neto Imbuí o processo de verticalização da cidade e valorização do bairro com a cobertura de rios urbanos tinha que tirar o Terreiro do caminho.
Agora o Pilão de Prata, mais uma vez um ato intolerância religiosa toma conta da cidade que no carnaval todos canta que é D'Oxum, mais na vida normal, a violência é perversa.
É hora do levante, os anos de chumbo para o povo negro oficialmente durou de 1540 até os anos de 1940, esses quatros séculos não foram suficiente para nos matar, pois sempre vencemos e no século XXI, podemos ver que este Estado não estar pronto para nós, teremos que sempre estar atentos para que reconheçam que somos um povo e várias nações sempre?
É hora de lutar contra a reeleição das bancadas evangélicas na Câmera Federal, Assembléias e Câmaras de Vereadores (as), e aprovarmos para que tenhamos aprovados no Brasil o Plano Nacional de Combate a Intolerância Religiosa, engavetado vergonhamente na Câmara Federal, assim, como o Estatuto da Igualdade Racial, que reconheci o Candomblé como religião foi negociado para não sair. Só para informação numa cidade com o um Prefeito Evangelico que não vai nas festividades da cidade e uma Câmara com uma bancada forte de evangelicos não podemos esperar muita coisa.
A todas, divulguem o maximo possível esta nota, precisamos mostrar que nosso mensageiro Exú estará sempre no nosso caminho, para que aqueles e aquelas que nos infortunam vejam que o Candomblé é VIDA AO POVO NEGRO.
"Temos tudo para construir uma nova sociedade" - Milton Santos
Diosmar Filho
MSN - ptfilho@hotmail. com
Skype - diosmar.filho
Tel. 55 - 71 - 92078130
Para quem interessar possa,
AINDA SOBRE OS TERREIROS E O BARULHO DA CIDADE
Era quinta feira, dia consagrado aos donos do território, Odé, orixás caçadores, quando as 9 horas, um tímido rapaz tocou a campanhia do Ilê Odô Ogê, conhecido como Pilão de Prata, identificando- se como fiscal da Superintendência de Controle e Ordenamento do Solo Urbano do Município de Salvador (SUCOM). Constrangido, sua educação misturava-se com a timidez de está cumprindo a árdua tarefa de notificar aquela comunidade pelo barulho provocado pelos “instrumentos de percussão”, como referiu-se aos atabaques Uma mistura de temor e respeito, várias vezes frisou que não entendia nada, estava ali apenas cumprindo o seu papel de fiscal. Fez algumas perguntas sobre o tipo de instrumentos que a comunidade realizava, quis sentar na escada que dá acesso a uma praça de dentro do terreiro, para não adentrar no recinto sagrado, mas insisti que fossemos para uma sala mais confortável. Lá ele me explicou que a sua visita não tinha nenhum caráter punitivo, apenas a intenção de averiguar os espaços e instrumentos que levaram um anônimo a denunciar o templo religioso. Logo me apresei e fiz ele ler o texto: O terreiro e o barulho na cidade, publicado no Jornal a Tarde da última sexta-feira. Achei até uma coincidência após tal provocação receber a visita de um representante do órgão que regula dentre outras coisas, sons urbanos, fixa níveis e horários em que é permitido sua emissão e cria licença para utilização sonora. Coincidência ou não, fato é que aquele jovem fiscal estava ali representando a Lei 5354/98. Enquanto seus olhos corriam atentamente no texto, apresentei-lhe uma resumida história daquela roça de candomblé, originada de uma casa de taipa coberta com folhas de zinco no ano de 1963, quando o atual “morro do Cachundé” era apenas uma duna e abaixo havia a lagoa utilizada pelas poucas pessoas para lavar roupas e por alguns terreiros, dentre eles, o Pilão de Prata para realizar alguns rituais. Lembrei também que tal comunidade terreiro já havia sido tombada pelo Instituto de Patrimônio Artístico Cultural da Bahia em 9 de dezembro de 2004, sem falar nos Decretos Lei Municipal e Estadual que o reconhece como Utilidade Pública. lhe mostramos o nosso Museu, a Biblioteca e a Escola que aguarda a dois anos financiamento para realização de atividades, embora nesse ano foi utilizada para exibir filmes durante o Ciclo litúrgico que foi concluído no dia 14 de março, com recursos do próprio terreiro e ajuda da Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia. Nada adiantou, ele tinha que retornar com seu dever cumprido e baseado no Artigo 6 da Lei 5354/98 notificou a comunidade terreiro com o seguinte texto: “O responsável pelo estabelecimento supra-citado fica ciente que a emissão sonora gerada em atividades não residenciais, somente poderá ser efetuada após expedição pelo órgão competente da Prefeitura do Alvará de autorização para utilização sonora.” Isso me trouxe a lembrança dos tempos terríveis de Pedrito, que nunca saíram da memória do povo de candomblé. Mais uma vez salta os olhos que tais órgãos que deveriam estreitar relações com a cidade seja liderado por dirigentes mal assessorados que no mínimo deveriam saber interpretar a Lei 5354/98 que diz no inciso IV do Capítulo 14 que “não estão sujeitas às proibições referidas nesta Lei o sons produzidos por sinos de igrejas e de templos religiosos desde que sirvam exclusivamente para indicar as horas ou anunciar a realização de atos ou cultos religiosos.” Por que então, dois pesos e duas medidas? Por que uma vez por ano não podemos tocar os nossos clarins e atabaques, tocar nossos foguetes para anunciar a realização de nossos atos e cultos religiosos? O que dizer então das alvoradas festivas de outras denominações religiosas realizadas as 5 horas, ao raiar do dia? Queremos abrir esta discussão com o Sr. Superintendente. De que o Estado Brasileiro não é laico já sabemos, agora queremos no mínimo exercer a liberdade de culto, direito garantido pela nossa Constituição. Esse fato nos dá a entender na verdade, que os órgãos municipais e estaduais não dialogam entre si, pois esta mesma comunidade está entre os 1068 terreiros mapeados através de um trabalho pioneiro no Brasil, resultado da parceria entre a Prefeitura Municipal de Salvador, através da Secretaria de Reparação (SEMUR) e da Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB), o Ministério da Cultura, através da Fundação Cultural Palmares e a Secretaria Especial de Promoção de Políticas para a Igualdade Racial (SEPPIR) em convênio com a Universidade Federal da Bahia através do Centro de Estudos Afro-orientais (CEAO). Porque o catálogo produzido não esta sendo consultado? Se até agora de nada serviu para o povo de candomblé que até então aguarda o inicio da regularização fundiária e outras ações do poder público, que pelo menos sirva para os órgãos do governo consultar a fim de evitar o constrangimento de nossos sacerdotes que além da função religiosa cumprem também papel de médicos, psicólogos, economistas, sociólogos e outras. Gostaria com este texto de abrir o diálogo com os órgãos envolvidos com estas questões direta ou indiretamente, bem com a sociedade como um todo. A notificação 410703 de 18 de março de 2010 não nos intimida porque é equivocada, na verdade ela nos causa vergonha por estarmos sendo tão mal representados. O que não queremos mais, é assistir a demolição de outras comunidades terreiros, nem a cobrança indevida do IPTU, fato que vem se arrastando já há algum tempo na secretaria da fazenda do Municipio sem nenhuma posição significativa. O fato que aconteceu no terreiro Pilão de Prata poderia acontecer em qualquer outro. Ou quem sabe já não vem acontecendo? Fato é que o dano psicológico, causado pelo constrangimento e a vergonha de ter um carro da prefeitura e um agente de fiscalização na porta de uma residência é irreparável. De uma coisa temos a certeza: esta luta será travada juntamente com todos os Orixás, Nkices, Caboclos e Guias. Avante!!!
Vilson Caetano de Sousa Júnior é Pós Doutor em Antrolopologia, professor da Escola de Nutrição da UFBA, membro do Conselho de Cultura do Estado da Bahia e Omo Orixá do Ilê Odo Ojê.
Uma rede se identifica por grupos unidos por uma causa
Fonte: SENAD
Por favor, divulguem, mostrem seu repúdio a mais esse desrespeito religioso.
Nossos atabaques não vão parar de tocar...e ai? Nossas comunidades e sacerdotes vão passar por mais esse constrangimento? Voltaremos a ser "marginais"? Sofreremos mais perseguição policial? Voltaremos a frequentar as delegacias? Nossos templos serão invadidos e nossos instrumentos apreendidos? Vamos pedir permissão para funcionar? Solicitar alvará para as cerimônias e festividades? Para quem? Os Neo pentecostais? Os vizinhos que chegaram depois do Terreiro? Cujas famílias frequentam nossos espaços sócio/culturais/educativos/festivos e religiosos?
Não importa, Nossos atabaques não vão parar de tocar!
Não vão nos fazer calar.
A Associação do Culto Afro Itabunense se coloca solidária a comunidade do Terreiro Ilè Ase Odò Ègè, e se coloca a disposição para o que se fizer necessário.
AXE
Desdêmona Ferreira Dantas
Mãe Vanda
Iyalorisa N'Ilè Ase Oya Funké
Presidente Associação do Culto Afro Itabunense
Alana Lícia Dantas
Iyá Kekerè N'Ilè Ase Oya Funké
Comissão de Comunicação N'Ilè Ase Oya Funké
Luiz Dantas
Babalasé N'Ilè Ase Oya Funké
Coordenador Ponto de Cultura
Associação do Culto Afro Itabunense
Rep. Território Litoral Sul no Fórum dos Pontos de Cultura da Bahia
G26 Comissão de Comunicação
73 3612 0175
Pessoas,
O Racismo e a Intolerância tomam conta da cidade de Salvador, nos últimos cinco anos, a atual gestão da Prefeitura de Salvador tem voltado a perseguição aos Terreiros de Candomblé, só como exemplo o Terreiro da Casa Branca um dos mais conhecidos da Cidade tem lutado na justiça contra a cobrança de IPTU que a mesma prefeitura lhe isentou no processo de tombamento nacional e municipal, quem não se lembra do terreiro Oyá Onipó Neto de Mãe Rosa, destruído pela SUCON no bairro do Imbuí. Nesses dois casos a questão é simples o novo PDDU da cidade, querem desapropriar a Casa Branca tirando a Praça de Oxum, já o terreiro Oyá Onipó Neto Imbuí o processo de verticalização da cidade e valorização do bairro com a cobertura de rios urbanos tinha que tirar o Terreiro do caminho.
Agora o Pilão de Prata, mais uma vez um ato intolerância religiosa toma conta da cidade que no carnaval todos canta que é D'Oxum, mais na vida normal, a violência é perversa.
É hora do levante, os anos de chumbo para o povo negro oficialmente durou de 1540 até os anos de 1940, esses quatros séculos não foram suficiente para nos matar, pois sempre vencemos e no século XXI, podemos ver que este Estado não estar pronto para nós, teremos que sempre estar atentos para que reconheçam que somos um povo e várias nações sempre?
É hora de lutar contra a reeleição das bancadas evangélicas na Câmera Federal, Assembléias e Câmaras de Vereadores (as), e aprovarmos para que tenhamos aprovados no Brasil o Plano Nacional de Combate a Intolerância Religiosa, engavetado vergonhamente na Câmara Federal, assim, como o Estatuto da Igualdade Racial, que reconheci o Candomblé como religião foi negociado para não sair. Só para informação numa cidade com o um Prefeito Evangelico que não vai nas festividades da cidade e uma Câmara com uma bancada forte de evangelicos não podemos esperar muita coisa.
A todas, divulguem o maximo possível esta nota, precisamos mostrar que nosso mensageiro Exú estará sempre no nosso caminho, para que aqueles e aquelas que nos infortunam vejam que o Candomblé é VIDA AO POVO NEGRO.
"Temos tudo para construir uma nova sociedade" - Milton Santos
Diosmar Filho
MSN - ptfilho@hotmail. com
Skype - diosmar.filho
Tel. 55 - 71 - 92078130
Para quem interessar possa,
AINDA SOBRE OS TERREIROS E O BARULHO DA CIDADE
Era quinta feira, dia consagrado aos donos do território, Odé, orixás caçadores, quando as 9 horas, um tímido rapaz tocou a campanhia do Ilê Odô Ogê, conhecido como Pilão de Prata, identificando- se como fiscal da Superintendência de Controle e Ordenamento do Solo Urbano do Município de Salvador (SUCOM). Constrangido, sua educação misturava-se com a timidez de está cumprindo a árdua tarefa de notificar aquela comunidade pelo barulho provocado pelos “instrumentos de percussão”, como referiu-se aos atabaques Uma mistura de temor e respeito, várias vezes frisou que não entendia nada, estava ali apenas cumprindo o seu papel de fiscal. Fez algumas perguntas sobre o tipo de instrumentos que a comunidade realizava, quis sentar na escada que dá acesso a uma praça de dentro do terreiro, para não adentrar no recinto sagrado, mas insisti que fossemos para uma sala mais confortável. Lá ele me explicou que a sua visita não tinha nenhum caráter punitivo, apenas a intenção de averiguar os espaços e instrumentos que levaram um anônimo a denunciar o templo religioso. Logo me apresei e fiz ele ler o texto: O terreiro e o barulho na cidade, publicado no Jornal a Tarde da última sexta-feira. Achei até uma coincidência após tal provocação receber a visita de um representante do órgão que regula dentre outras coisas, sons urbanos, fixa níveis e horários em que é permitido sua emissão e cria licença para utilização sonora. Coincidência ou não, fato é que aquele jovem fiscal estava ali representando a Lei 5354/98. Enquanto seus olhos corriam atentamente no texto, apresentei-lhe uma resumida história daquela roça de candomblé, originada de uma casa de taipa coberta com folhas de zinco no ano de 1963, quando o atual “morro do Cachundé” era apenas uma duna e abaixo havia a lagoa utilizada pelas poucas pessoas para lavar roupas e por alguns terreiros, dentre eles, o Pilão de Prata para realizar alguns rituais. Lembrei também que tal comunidade terreiro já havia sido tombada pelo Instituto de Patrimônio Artístico Cultural da Bahia em 9 de dezembro de 2004, sem falar nos Decretos Lei Municipal e Estadual que o reconhece como Utilidade Pública. lhe mostramos o nosso Museu, a Biblioteca e a Escola que aguarda a dois anos financiamento para realização de atividades, embora nesse ano foi utilizada para exibir filmes durante o Ciclo litúrgico que foi concluído no dia 14 de março, com recursos do próprio terreiro e ajuda da Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia. Nada adiantou, ele tinha que retornar com seu dever cumprido e baseado no Artigo 6 da Lei 5354/98 notificou a comunidade terreiro com o seguinte texto: “O responsável pelo estabelecimento supra-citado fica ciente que a emissão sonora gerada em atividades não residenciais, somente poderá ser efetuada após expedição pelo órgão competente da Prefeitura do Alvará de autorização para utilização sonora.” Isso me trouxe a lembrança dos tempos terríveis de Pedrito, que nunca saíram da memória do povo de candomblé. Mais uma vez salta os olhos que tais órgãos que deveriam estreitar relações com a cidade seja liderado por dirigentes mal assessorados que no mínimo deveriam saber interpretar a Lei 5354/98 que diz no inciso IV do Capítulo 14 que “não estão sujeitas às proibições referidas nesta Lei o sons produzidos por sinos de igrejas e de templos religiosos desde que sirvam exclusivamente para indicar as horas ou anunciar a realização de atos ou cultos religiosos.” Por que então, dois pesos e duas medidas? Por que uma vez por ano não podemos tocar os nossos clarins e atabaques, tocar nossos foguetes para anunciar a realização de nossos atos e cultos religiosos? O que dizer então das alvoradas festivas de outras denominações religiosas realizadas as 5 horas, ao raiar do dia? Queremos abrir esta discussão com o Sr. Superintendente. De que o Estado Brasileiro não é laico já sabemos, agora queremos no mínimo exercer a liberdade de culto, direito garantido pela nossa Constituição. Esse fato nos dá a entender na verdade, que os órgãos municipais e estaduais não dialogam entre si, pois esta mesma comunidade está entre os 1068 terreiros mapeados através de um trabalho pioneiro no Brasil, resultado da parceria entre a Prefeitura Municipal de Salvador, através da Secretaria de Reparação (SEMUR) e da Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB), o Ministério da Cultura, através da Fundação Cultural Palmares e a Secretaria Especial de Promoção de Políticas para a Igualdade Racial (SEPPIR) em convênio com a Universidade Federal da Bahia através do Centro de Estudos Afro-orientais (CEAO). Porque o catálogo produzido não esta sendo consultado? Se até agora de nada serviu para o povo de candomblé que até então aguarda o inicio da regularização fundiária e outras ações do poder público, que pelo menos sirva para os órgãos do governo consultar a fim de evitar o constrangimento de nossos sacerdotes que além da função religiosa cumprem também papel de médicos, psicólogos, economistas, sociólogos e outras. Gostaria com este texto de abrir o diálogo com os órgãos envolvidos com estas questões direta ou indiretamente, bem com a sociedade como um todo. A notificação 410703 de 18 de março de 2010 não nos intimida porque é equivocada, na verdade ela nos causa vergonha por estarmos sendo tão mal representados. O que não queremos mais, é assistir a demolição de outras comunidades terreiros, nem a cobrança indevida do IPTU, fato que vem se arrastando já há algum tempo na secretaria da fazenda do Municipio sem nenhuma posição significativa. O fato que aconteceu no terreiro Pilão de Prata poderia acontecer em qualquer outro. Ou quem sabe já não vem acontecendo? Fato é que o dano psicológico, causado pelo constrangimento e a vergonha de ter um carro da prefeitura e um agente de fiscalização na porta de uma residência é irreparável. De uma coisa temos a certeza: esta luta será travada juntamente com todos os Orixás, Nkices, Caboclos e Guias. Avante!!!
Vilson Caetano de Sousa Júnior é Pós Doutor em Antrolopologia, professor da Escola de Nutrição da UFBA, membro do Conselho de Cultura do Estado da Bahia e Omo Orixá do Ilê Odo Ojê.
Uma rede se identifica por grupos unidos por uma causa
Fonte: SENAD