Benção a todas(os)!
Aos que não são das Tradições de Matriz Africana, meus cumprimentos!
Como jovem - perto das senhoras(es) - da Tradição de Matriz Africana peço auxilio e ajuda de todas(os) e de nossas Organizações para divulgarmos amplamente a consulta para o II Plano.
Não há inocência, há sim vontade em continuar o que aprendemos com todas(os). Concordando ou discordando, peço respeitosamente UNIÃO.
Façam, por gentileza, videos, posts, textos, desenhos, falas.
Com muito respeito, um forte abraço de luta!
Pedro Neto
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Brasil, 29 de outubro de 2018.
CARTA ABERTA AOS POVOS DE MATRIZ AFRICANA:
II Plano Nacional para Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e de Terreiros
Pedro Neto
“Nós vamos cultuar nossas(os) Ancestrais, Sim!
Ninguém nos dirá para nos afastarmos das nossas Origens”
As nossas e nossos Ancestrais Negra(os);
A todas(os) as(os) Lideranças Tradicionais de Matriz Africana;
A todos os Territórios Tradicionais de Matriz Africana, chamados no Brasil de "terreiros", "roças", “candomblés”, “Ilês”, “Nzos”, “Abaças”, “Kwes” ou “Ebés”, entre outras denominações utilizadas quando se refere à auto identificação das comunidades tradicionais oriundas de diferentes contextos culturais africanos, e a interação com os povos originários e aos biomas locais;
A todas(os) as(os) iniciadas(os);
A todas(os) as(os) que irão se iniciar;
A todas(os) as(os) que se somam na busca da Soberania dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana;
A todas as organizações nacionais dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, em especial:
Associação Nacional das Baianas de Acarajé – ABAM
Associação Nacional Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu – ACBANTU
Articulação Amazônica dos Povos Tradicionais de Matriz Africana – ARATRAMA
Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira – CENARAB
Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais e Matriz Africana –FONSANPOTMA
Instituto Latino-americano de Tradições Afro Bantu – ILABANTU
Instituto Nacional Da Tradição E Cultura Afro Brasileira – INTECAB
Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde – RENAFRO
A todas as organizações nacionais do “movimento negro”, que já sabem da urgente necessidade de nos dar voz, em especial:
Movimento Negro Unificado – MNU
Coordenação Nacional de Entidades Negras – CONEN
Coletivo de Entidades Negras – CEN
União de Negros pela Igualdade – UNEGRO
A todos os grupos, coletivos, cias, movimentos e organizações – institucionalizadas ou não, como: Quilombos, Grupos de Pesquisa, Intelectuais, ONG’s, Artistas, Capoeiristas, Escritoras(es), Posses de Hip Hop, Blocos, Afoxés, enfim, todas formar possíveis de “ajuntamento” de negras e negros.
A partir dos ensinamentos das(dos) nossas(os) mais “velhas(os)” e na esteira da palavra de ordem do Movimento de Mulheres Negras “Nossos passos vem de longe!”
O projeto civilizatório das matrizes africanas historicamente se contrapõe ao do sistema desumanizador vigente.
Nos organizamos com base em valores sociais próprios, na vivência comunitária, na relação sustentável com o meio ambiente e nas práticas tradicionais alimentares e de saúde, que reafirmam a dimensão histórica, social e cultural dos territórios negros constituídos no Brasil.
Não são - e nunca foram - poucas as ações perpetradas com o objetivo de aniquilar nosso Povo. Nossa condição de humanos e sujeitos de direitos são colocadas a prova diariamente. Lutar é nosso verbo!
Continuar a referenciar o racismo institucional torna-se cada vez mais relevante para os Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, pois é o principal obstáculo para nosso acesso e alcance aos direitos e políticas públicas.
O melhor mecanismo para enfrentar o racismo e desvelar para o Estado e para a sociedade a “real dimensão” dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana foi o I Plano de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades de Matriz Africana (2013-2015) construído com ampla participação social.
Os tempos que nos avizinham, indicam um aumento significativo de violências e violações ao nosso Povo. Não há inocência!
Há, porém, uma oportunidade de deixar como instrumento de nossa luta o II Plano Nacional para Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e de Terreiros que está em consulta pública no link: http://www.mdh.gov.br/todas- as-noticias/2018/outubro/ aberta-consulta-publica-para- ii-plano-nacional-para-povos- e-comunidades-tradicionais-de- matriz-africana
Peço que, com toda a possível criticidade, olhemos por cima do muro, para que possamos ver neste último bastião um espaço possível de continuidade, e vislumbre da nossa soberania.
Peço ainda que, divulguem amplamente o link para que tenhamos a maior quantidade possível de participação.
Apesar de ser um, coloco a disposição todas as minhas energias acreditando, sem nenhuma dúvida, que SOU PORQUE SOMOS!
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