quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Aberta consulta pública para II Plano Nacional para Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e de terreiros /

Benção a todas(os)!

Aos que não são das Tradições de Matriz Africana, meus cumprimentos!

Como jovem - perto das senhoras(es) - da Tradição de Matriz Africana peço auxilio e ajuda de todas(os) e de nossas Organizações para divulgarmos amplamente a consulta para o II Plano.

Não há inocência, há sim vontade em continuar o que aprendemos com todas(os). Concordando ou discordando, peço respeitosamente UNIÃO.

Façam, por gentileza, videos, posts, textos, desenhos, falas.

Com muito respeito, um forte abraço de luta!

Pedro Neto





Brasil, 29 de outubro de 2018.

CARTA ABERTA AOS POVOS DE MATRIZ AFRICANA:
II Plano Nacional para Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e de Terreiros

Pedro Neto

“Nós vamos cultuar nossas(os) Ancestrais, Sim!
Ninguém nos dirá para nos afastarmos das nossas Origens”


As nossas e nossos Ancestrais Negra(os);
A todas(os) as(os) Lideranças Tradicionais de Matriz Africana;
A todos os Territórios Tradicionais de Matriz Africana, chamados no Brasil de "terreiros", "roças", “candomblés”, “Ilês”, “Nzos”, “Abaças”, “Kwes” ou “Ebés”, entre outras denominações utilizadas quando se refere à auto identificação das comunidades tradicionais oriundas de diferentes contextos culturais africanos, e a interação com os povos originários e aos biomas locais;
A todas(os) as(os) iniciadas(os);
A todas(os) as(os) que irão se iniciar;
A todas(os) as(os) que se somam na busca da Soberania dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana;

            A todas as organizações nacionais dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, em especial:

Associação Nacional das Baianas de Acarajé – ABAM
Associação Nacional Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu – ACBANTU
Articulação Amazônica dos Povos Tradicionais de Matriz Africana – ARATRAMA
Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira – CENARAB
Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais e Matriz Africana –FONSANPOTMA
Instituto Latino-americano de Tradições Afro Bantu – ILABANTU
Instituto Nacional Da Tradição E Cultura Afro Brasileira – INTECAB
Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde – RENAFRO

A todas as organizações nacionais do “movimento negro”, que já sabem da urgente necessidade de nos dar voz, em especial:

Movimento Negro Unificado – MNU
Coordenação Nacional de Entidades Negras – CONEN
Coletivo de Entidades Negras – CEN
União de Negros pela Igualdade – UNEGRO

A todos os grupos, coletivos, cias, movimentos e organizações – institucionalizadas ou não, como: Quilombos, Grupos de Pesquisa, Intelectuais, ONG’s, Artistas, Capoeiristas, Escritoras(es), Posses de Hip Hop, Blocos, Afoxés, enfim, todas formar possíveis de “ajuntamento” de negras e negros.

A partir dos ensinamentos das(dos) nossas(os) mais “velhas(os)” e na esteira da palavra de ordem do Movimento de Mulheres Negras “Nossos passos vem de longe!”
O projeto civilizatório das matrizes africanas historicamente se contrapõe ao do sistema desumanizador vigente.
Nos organizamos com base em valores sociais próprios, na vivência comunitária, na relação sustentável com o meio ambiente e nas práticas tradicionais alimentares e de saúde, que reafirmam a dimensão histórica, social e cultural dos territórios negros constituídos no Brasil.
Não são - e nunca foram - poucas as ações perpetradas com o objetivo de aniquilar nosso Povo. Nossa condição de humanos e sujeitos de direitos são colocadas a prova diariamente. Lutar é nosso verbo!
Continuar a referenciar o racismo institucional torna-se cada vez mais relevante para os Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, pois é o principal obstáculo para nosso acesso e alcance aos direitos e políticas públicas.
O melhor mecanismo para enfrentar o racismo e desvelar para o Estado e para a sociedade a “real dimensão” dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana foi o I Plano de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades de Matriz Africana (2013-2015) construído com ampla participação social.
Os tempos que nos avizinham, indicam um aumento significativo de violências e violações ao nosso Povo. Não há inocência!
Há, porém, uma oportunidade de deixar como instrumento de nossa luta o II Plano Nacional para Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e de Terreiros que está em consulta pública no link: http://www.mdh.gov.br/todas-as-noticias/2018/outubro/aberta-consulta-publica-para-ii-plano-nacional-para-povos-e-comunidades-tradicionais-de-matriz-africana
Peço que, com toda a possível criticidade, olhemos por cima do muro, para que possamos ver neste último bastião um espaço possível de continuidade, e vislumbre da nossa soberania.
Peço ainda que, divulguem amplamente o link para que tenhamos a maior quantidade possível de participação.
Apesar de ser um, coloco a disposição todas as minhas energias acreditando, sem nenhuma dúvida, que SOU PORQUE SOMOS!

Nenhum comentário:

Arquivo do blog