domingo, 21 de novembro de 2010

MANIFESTO DE REPÚDIO A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA E A VIOLÊNCIA POLICIAL






PROJETO ENCANTARTE CELEBRA O DIA DE ZUMBI COM PROTESTO CONTRA A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA E MUITA ARTE NEGRA.

As diversas manifestações da cultura negra brasileira são símbolos de um grande exemplo de resistência às adversidades e atrocidades historicamente cometidas à esta população que teve e tem significativa contribuição na constituição política, econômica, social e cultural deste país. É inaceitável que em pleno Século XXI tenhamos que conviver com a intolerância oriunda de um sistema que embora não seja oficial, tem manifestado, através do poder repressivo a face de do racismo institucional.

No dia vinte e três de outubro de 2010, um pelotão da Polícia Militar da Bahia, invadiu o Assentamento D. Helder Câmara, em Ilhéus, provocando à essa comunidade de trabalhadoras rurais um momento de terror, tortura e violência racial.
A sacerdotisa, filha de Oxossi, Bernadete Souza, que havia questionado sobre a ilegalidade da presença do pelotão da polícia na área do assentamento, sem justificativa e sem mandado judicial, sob mira de metralhadoras, pistolas e fuzil, foi brutalmente torturada, sendo colocada pelas autoridades em cima de um formigueiro onde foi atacada por milhares de formigas provocando graves lesões no momento em que esta encontrava incorporada pelo orixá Oxossi. Segundo os policiais, isto “afastaria satanás”, ao tempo em que os demais trabalhadores eram mantidos sob a mira das armas. Após a seção de tortura a sacerdotisa foi arrastada pelos cabelos por quase 500 metros e em seguida jogada na viatura.

Cenas semelhantes a esta se repetem todos os dias nas periferias do nosso país e em nossa cidade não é diferente. Nossos jovens, em especial os negros são vitimados pela violência provocada pela abordagem policial, como se todo preto favelado fosse um marginal.

Não podemos tolerar que atos desta natureza se perpetuem pois a violência que se constitui do racismo institucional tem sido banalizada no dia-a-dia das comunidades negras como se fosse algo natural.

Neste dia DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA, o PROJETO ENCANTARTE vem, por meio deste, manifestar o apoio à sacerdotisa Bernadete Souza, além de expressar o REPÚDIO À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA E À VIOLÊNCIA POLICIAL à qual foi vítima Bernadete e tantos outros povos de terreiro.

Conclamamos a sociedade a permanecer vigilante aos trâmites legais das apurações dos fatos e estejamos unidos para não permitirmos a impunidade, pois como disse o sacerdote Ruy do Carmo Póvoas em discurso na I Mostra do Ponto Imagem e Som: Cultura Afro, dia 18 de novembro de 10, no Centro de Cultura Adonias Filho – Itabuna: “...Hoje foi Bernadete, amanhã pode ser Ruy Póvoas, DesdêmoNa, depois pode ser qualquer um de nós (negros)”.

NÃO À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA! NÃO À VIOLÊNCIA POLICIAL! NÃO AO RACISMO INSTITUCIONAL!

QUE VIVA ZUMBÍ EM NOSSA AÇÃO QUILOMBISTA!

PROJETO ENCANTARTE NO DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA

ITABUNA – BA 20 novembro de 2010

VISITE NOSSO ÁLBUM DE FOTOS VIRTUAL, NO LINK:

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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

I MOSTRA DO PONTO





“Quando não souber para onde ir, olha para trás e saiba pelos menos de onde vem”

Provérbio Africano

Apresentação

Esta Mostra é o resultado da parceria entre Comunidades Tradicionais de Terreiros, Artistas e Artesãos, Dançarinos e Mestres de Capoeira, Sambadores e Quituteiras, Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, Fundação Cultural do Estado da Bahia-FUNCEB, Centro de Cultura Adonias Filho, gente que está fazendo a Cultura Afro Baiana acontecer aqui, neste Centenário da Cidade de Itabuna.

SERVIÇO:

O Que: IMAGEM E SOM: Cultura Afro Brasileira
Onde: Centro de Cultura Adonias Filho
Quando: De 18 a 20 de Novembro de 2010
Abertura às 18h 30min.

Entrada franca

Abertura da Mostra:

Mãe Vanda, Iyálorixá, Presidente da ACAI

Fala da Coordenação da Mostra, de Representantes dos Terreiros e Autoridades

TEXTO 1.

Que estranha cena é esta?“Que estranha cena é esta? Tem um negro sentado defronte de um branco,a cabeça do negro está levantada, da sua boca saem negras falas. Que estranha cena é esta que parece o princípiodo fim da senzala”.

(Bando de Teatro Olodum, Zumbi, 1994)

Momentos da Mostra

IMAGEM

1.1 IMAGEM Exibição de pinturas sobre tela, Esculturas, Fotografias e Livros, com o Tema: A Contribuição do Negro no Centenário.

1.1 ÓLEO S/ TELA- ENCONTRO DAS RAÇAS – 50X60 – CLÁUDIA VIANA ÁVILA ANDRADE
1.2 ÓLEO S/TELA - A MULATA – 60X90 E A SACERDOTIZA AFRICANA – 50X70CRISTIANE SENNA BOMFIM
1.3 ÓLEO S/TELA – SAMBA DE RODA – 60X90 – JOCÉLIA S. NEVES ROCHA
1.4 ESCULTURA EM ARGILA E METAL – O TRABALHADOR NEGRO – JOSÉ DE SOUZA
1.5 ESCULTURA EM TERRACOTA – O RETIRANTE – 1,40X 0,50- DURVAL NASCIMENTO
1.6 ÓLEO S/TELA – FESTA DE YÊMANJÁ- 60X80 e RIQUEZA TROPICAL – 1,00x0,80 NEI MHATOS
1.7 ÓLEO S/TELA – AFRICANAS – 0,90X0,90 – FERNANDO GONÇALVES
1.8 Óleo s/tela – Orixá Oxum - 1,00x0,80 NEIDE Nogueira
1.9 I EPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA DO ILÈ AXÉ IJEXÁ ORIXÁ OLUFÒN (ESPELHO DO SAGRADO)
1.10 LANÇAMENTO DA 2ª EDIÇÃO DO LIVRO "CAPOEIRA DE LUTA DE NEGRO A EXERCÍCIO DE BRANCO- CLÁUDIA VIANA ÁVILA ANDRADE
1.11 EXPOSIÇÃO DE LIVROS - PONTO DE CULTURA ACAI

Instalação Nº 01
O Padroeiro da Cidade.
Ponto de Cultura Associação do Culto Afro Itabunense/ACAI

Instalação Nº 02
No Tabuleiro da Baiana tem!
Ponto de Cultura Associação do Culto Afro Itabunense/ACAI

TEXTO 2.

Artigo I
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.

Artigo II
Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.

(Declaração Universal dos Direitos Humanos – 10 de dezembro de 1948)

2 SOM

Exibição dos Coletivos Negros que fazem o som do Centenário:

TEXTO 3.

“ Lá em casa, as histórias começavam assim: Contavam os mais velhos que ... Ah, como me lembro das maneiras diversas com que as pessoas contavam as histórias! Minha mãe, mestra na teatralização. Tia Jovanina, centrada na lição resultante. Mãe-Velha, abreviando a narrativa, para enfatizar o final. Olga não narrava; contava o itan com uma voz de ouro. De todos, Sinhanja era a mais detalhista. E Mãe Mariinha? Ninguém igual a ela na arte de contar: narrava, dançava, interpretava, fazia mímicas, imitava qualquer bicho, qualquer pessoa, qualquer encantado: era uma verdadeira atriz”
(Ruy do Carmo Póvoas – A Fala do Santo)

O Som dos Terreiros Afoxé de Oxun, do Ilè Axé Ijexá .

TEXTO 4.

Sou Negro Sim sou negro sim não tenho vergonha não desde a abolição que eu luto
luz, luz do planeta luz reluz sobre nossas cabeças.A minha cor não deve influir no nosso amor porque o negro é exemplo da cor contra opressão e o desnível social a discriminação geral.

O Som da Resistência Grupo Afro Encantarte.

TEXTO 5.

“Disse um mais velho: Ele é um menino. Não se detém à consciência ou à razão. Brincalhão, sagaz, esperto, danado. Foi o primeiro filho de Yemanjá e Oxalá. Era muito levado e gostava de fazer brincadeiras com todo mundo. Tanto fez que foi expulso de casa... O povo consultou Ifá, que respondeu que Exu estava zangado porque ninguém se lembrava dele nas festas e ensinou que para qualquer ritual dar certo seria preciso oferecer primeiro um agrado a Exu...”
(Adaptado do Anuário Afro-brasileiro – 1997)

O Som da Educação

Grupos de Capoeira Humaitá
Grupo de Capoeira Cordão de Ouro.

TEXTO 6.

“250 gramas de feijão-fradinho, um punhado de camarão seco, cebola, sal, azeite-de-dendê. Deixar o feijão de molho de descascar. Moer com junto com a cebola e o camarão. Bater até fazer bolhas e fritar as colheradas no dendê. Servir recheado com vatapá, caruru, camarão e pimenta”. Assim se faz um Acarajé. (Anuário Afro-brasileiro – 1997)

Degustação de Comidas Típicas

TEXTO 7.
“Segundo os mitos mais divulgados, Olorum criou Ifá (o destino), Obatalá (o céu) e Odudua (a terra). Obatalá e Odudua tiveram dois filhos: Yemanjá (o mar) e Oxalá (a luz do céu). Esses dois, a Grande Mãe e o Grande Pai geraram quase todos os Orixás que governam o mundo: Exu, Ogum, Xangô, Ossâim, Iansã e Óba. Da união de Xangô com Iansã nasceu Ibêji e de Oxum e Oxossi nasceu Logunedé. Oxalá também se casou com Nanã, que gerou Omolu, Ewá, Irôko e Oxumaré. Assim se criou o panteão africano”.

(Anuário Afro-brasileiro – 1997)

5. ENCERRAMENTO

TEXTO 8.
Sou negra, Sou negra, Sou negra beleza pura, Como é bom ser negra! Para toda essa beleza Meu tipo não é o europeu.Venho da África, meu irmão, Sou negra sem os 68 cm de cintura. Como é bom ser negra de nariz largo, dos lábios grossos. Dos olhos grandes atentos a tudo. Dos meus seios redondos já não saem mais leite para os teus filhos. Mais sim para os filhos que eu quiser!Sou negra dos quadris invejáveis para o repouso do homem que eu quiser. Eu sei o segredo do caminhar e te envolver [...]

(Roseli/ União dos Palmares, São Paulo)

Equipe de Produção:


Luiz Dantas: Coordenação Geral
Nei Matos: Curador da Mostra
Ricardo Dantas: Textos, revisão e Cerimonial
Alana Dantas: Coordenação de Eventos

Equipe de apoio:

Adriano Lucas de Santana
Paulo Roberto Menezes Dantas
Ana Cláudia Gonçalves Farias
Humberto Viana
Mª Sônia Bispo Nascimemto

Parcerias:
GRÁFICA ITABUNA
POSTERLÂNDIA
OTICAS CARDOSO
SOLLO OUT DOOR
BUFFET DEL POMO
CASA DOS ORIXÁ
CASA MÃE ÁFRICA
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS:
COMUNIDADE DO ILÈ AXÉ OYA FUNKÉ
COMUNIDADE DO ILÈ AXÉ IJEXÁ ORIXÁ OLUFÒN
ALDO BASTOS



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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Nota Pública de Repúdio Contra o desrespeito as Leis do País.

NOTA PÚBLICA DE REPÚDIO


Nós, membros da AGREMA (Associação Grapiuna de Entidades Religiosas de
Matriz Africana), recebemos as notícias dos crimes perpetrados por policias militares do Estado da Bahia no Assentamento Dom Hélder Câmara em Ilhéus-BA.

Ficamos perplexos e indignados com os atos arbitrários da corporação militar porque eles invadiram o local sob jurisdição do INCRA(Instituto Nacional e Colonização de Reforma Agrária) sem nenhum mandato judicial.Depois que a Ialorixá (sacerdotisa
do culto afro descendente), Bernadete Souza Ferreira exigia uma explicação
por parte dos militares que violaram um dos principais artigos da
nossa Carta Magna, o artigo 208 do Código Penal e a Lei nº 7.716, de 05 de janeiro de 1989.

Pensávamos que estávamos vivendo na era do império colonial brasileiro ou na época da perseguição policial aos candomblés da Bahia, desde a década de 1930, numa flagrante contradição aos ideais democráticos e republicanos.
Nosso repúdio a esses atos ilegais caracterizados como racismo, preconceito religioso, violência contra a mulher, abuso de autoridade e tortura, são crimes pelas leis da Nação, é porque defendemos uma nação livre, democrática e que proteja e defenda direitos inalienáveis civis do ser humano e da cidadania brasileira.

Diante desse quadro criminoso, exigimos que a justiça seja aplicada e que aos verdadeiros culpados sejam aplicadas as penas legais.Para isso,
precisamos nos mobilizar, conclamando todas as entidades dos cultos de
matriz africana do Brasil, as associações e entidades do Movimento Negro Unificado, ou agremiações afins que lutam pelos direitos humanos, liberdade de pensamento e de crença e todos os preconceitos enfrentados pelos negros e miscigenados em nosso país.
Faz-se necessário que apelemos para todas as instâncias jurídicas nacionais e internacionais, denunciando esses crimes para que os mesmos sejam coibidos e punidos severamente em todas as esferas jurídicas garantidoras dos princípios democráticos que regem o nosso País.


Conselho de Sacerdotes AGREMA.
Itabuna (BA), 05 de novembro de 2010

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Lançamento do Livro de Ruy Póvoas, Memórias do Feminino no Candomblé




VISITE O ALBUM DE FOTOS VIRTUAL NO LINK ABAIXO:

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IMAGEM E SOM: Cultura Afro Brasileira




A Mostra é o resultado da parceria entre Comunidades Tradicionais de Terreiro, Artistas e Artesãos, Dançarinos e Mestres de Capoeira, Sambadores e Quituteiras, Secretaria de Cultura do Estado da Bahia,Fundação Cultural do Estado da Bahia FUNCEB, Centro de Cultura Adonias Filho, gente que está fazendo a Cultura Afro Baiana acontecer aqui, neste Centenário da Cidade de Itabuna.

A Mostra é dividida em duas partes:

IMAGEM E SOM

1 IMAGEM

Exibição de pinturas Sobre tela, Esculturas,Fotografias e Livros, com o Tema: A Contribuição do Negro no Centenário.

Instalação Nº 01
O Padroeiro da Cidade.
Ponto de Cultura Associação do Culto afro Itabunense

Instalação Nº 02
O Tabuleiro da Baiana tem!
Ponto de Cultura Associação Do Culto Afro Itabunense

2: SOM
Exibição dos Coletivos Negros que fazem o som do Centenário:

O Som dos Terreiros
Afoxé de Oxun, do Ilè Axé ijexá
Samba de Roda do Ilè Axé Ijobá Ty Osumarè Iyewá.

O Som da Resistência
Grupo Afro Encantarte.

O Som da Educação
Grupos de Capoeira Humaita
Grupo de Capoeira Cordão de Ouro
Grupos de Dança Contemporânea

Degustação de Comídas Típicas
e muito mais...

SERVIÇO

O Que: IMAGEM E SOM: Cultura Afro Brasileira
Onde: Centro de Cultura Adonias Filho
Quando: De 18 a 20 de Novembro de 2010

Abertura dia 18, às 18h 30min

CONTATOS:
Cordenação ACAI
acaipontodecultura@gmail.com
73 3612 0175

Curador Mostra
Nei antonio Mattos
jnvkr@ig.com.br

Centro de Cultura Adonias Filho
aldobastos@bol.com.br
73 32116429

Entrada franca

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Encontro de Culturas Populares de Canudos Velho

Dias 19 e 20/11/2010 em Canudos Velho/Ba

O Encontro de Culturas Populares de Canudos Velho será realizado na comunidade de Canudos Velho, local onde aconteceu uma guerra em fins do século dezenove, nos dias 19 e 20/11 a partir das 16hs. e consiste em um momento de celebração e reflexão dos músicos e mestres das culturas populares do sertão da Bahia. O Encontro promoverá dois dias de atividades culturais gratuitas para a população desta região ainda pouco beneficiada por iniciativas culturais e é focado principalmente no cinema, artes, artesanato e música tradicional da região do sertão de Canudos. Apresentações musicais com nomes expressivos da cultura popular nordestina, tais como, Banda de Pífanos de Bendegó, Banda de Pífanos de Canudos Velho, Landinho Pé de Bode, Rato Branco, Dindinho dos 8 baixos, Antonio Queiroz e Paraíba da Viola irão se fazer presentes durante o evento. No encontro teremos a reunião de algumas Bandas de Pífanos e Sanfoneiros de oito baixos, além da presença de uma dupla de villeiros, de uma Mulinha e um Boi. O Encontro sediará também uma mostra de filmes em curta e longa metragem com temática ligada às questões sertanejas, além de pintura de um painel de cinco metros, que deverá ser produzido pelos alunos das oficinas de pintura. Todo o encontro será registrado em vídeo pelos aprendizes locais das oficinas de audiovisual, que é uma das atividades desenvolvidas pelo Ponto de Cultura Sons de Canudos, ação desenvolvida há dezesseis anos na região do sertão baiano e premiada em 2010 pelo IPHAN com o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, categoria Salvaguarda de Bens de Natureza Imaterial. Com este encontro estaremos reanimando a cultura popular da região, fortalecendo as ações artísticas em todo o sertão de Canudos, preservando a riqueza imaterial mais antiga do nordeste brasileiro e fazendo com que estas pessoas se sintam mais animadas e respeitadas e conseqüentemente dêem continuidade às suas tradições.



O quê: Encontro de Culturas Populares de Canudos Velho

Quando: 19 e 20/11/2010 a partir das 16 horas

Quanto: Grátis

Onde: Povoado de Canudos Velho – Sertão da Bahia

Realização: Ponto de Cultura Sons de Canudos / Associação Sociocultural Umbigada

Patrocínio: Governo da Bahia/Secretaria de Cultura da Bahia/Governo Federal/Ministério da Cultura/Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural – SID

Contato: bendego@gmail.com // (71) 9194-0206 //
www.sonsdecanudos.com.br



Atenciosamente

Marcelo Rabelo

Presidente da Associação Umbigada

Coordenador Ponto de Cultura Sons de Canudos


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O Cantador de Chulas

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Experiência Ritual


Experiência Ritual

Apresentação
Os terreiros das religiões de origem negro-africana se apresentam, ainda nos dias de hoje, como um pólo de resistência cultural e simbólica que encontra na poética do transe, nas relações estéticas dos objetos, no estatuto arquetípico, na festa pública e nos espaços sagrados, sua representação.

No Brasil, as tensões seculares do sistema escravista poderiam ter levado a sua extinção. Entretanto sobreviveram, adotando características regionais. Candomblé; umbanda; tambor de mina, no Maranhão; xangô no Recife, batuque do Rio Grande do Sul, entre outras, são religiões nascidas na resistência negra de diferentes nações jeje, fon, mina, etc e que preservaram cultos e matrizes semelhantes. É ali que os ritos e mitos se expressam, pela crença de que entidades vêm à terra celebrar com seus descendentes míticos.

Os terreiros, tradicionalmente, demarcaram uma posição relevante para a diáspora negra e, consequentemente, para a concepção de imagens a seu respeito. Elas produzem conhecimentos capazes de revelar a materialidade da experiência religiosa. E podem se converter em ferramenta fundamental para uma reflexão crítica sobre essa cultura.

Neste Corpo-imagem a aposta é na desconstrução de visões errôneas e estereotipadas, tão recorrentes, sobre a realidade afro-brasileira para trazer à luz as comunidades, suas vivências, suas culturas ancestrais e cotidianas e suas atitudes históricas, políticas, culturais, religiosas e artísticas, por meio das imagens tomadas a seu respeito. Fotógrafos, pesquisadores, curadores e a comunidade dos terreiros se reúnem para revelar e discutir esse repertório crítico e visual.

Um projeto idealizado por Denise Camargo, com assistência de curadoria de Paulo Rossi e produção-executiva de Fabiane Beneti (Empresa Livre) e Oju Cultural.

Evento gratuito, com transmissão ao vivo neste site e certificado para os participantes presenciais e on-line.

I MOSTRA DO PONTO



Com a intenção de celebrar o importante momento de reflexão para o Povo Brasileiro, que é o mês da Consciência Negra, Artistas, Gestores Culturais, lideranças de Comunidades Tradicionais,representados aqui pela
Associação do Culto Afro Itabunense, vem convidar a Comunidade Grapiuna para a I MOSTRA DO PONTO, Imagem e Som: Arte e Cultura Afro brasileira, tendo como tema O Centenário e a Consciência.

A Mostra exibirá e homenageará, Artistas e Grupos Culturais, responsáveis pela manutenção da Cultura Negra na Região.

Divididos em Imagem e Som.

A Mostra "Imagem", será composta por pinturas em tela, esculturas, exposição de fotos, exposição de vestuário e aderêços.

A Mostra "Som", será a exibição/reconhecimento de Grupos que representaram a Cultura Afro Grapiuna, neste Centenário, nos seguintes seguimentos.

Som Negro da Resistência: Grupo Afro Encantarte

Som Negro dos Terreiros: Afoxé de Oxun/Comunidade do Ilè Axé Ijexá Oríxá Olufòn

Som Negro da Tradição: Grupo de Capoeira Humaitá

Abertura: Dia 18 de Novembro de 2010
Local: Centro de Cultura Adonias Filho
Horário: 18h 30min

Degustação de comida típica baiana
Entrada Gratuita

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Dilma Rousseff é a primeira mulher eleita presidente do Brasil





Leia a íntegra do pronunciamento da presidente eleita Dilma Rousseff

http://www.macroabc.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3584%3Aleia-a-integra-do-pronunciamento-da-presidente-eleita-dilma-rousseff&catid=44%3Agoverno-federal&Itemid=50

BOM DILMA BRASIL!!!

O Povo Brasileiro acaba de eleger

a primeira mulher

PresidentA da Nação





SALVE, SALVE BRASIL, NÓS JÁ SABÍAMOS!

PresidentA Dilma,

Em vossas mãos depositamos todas às nossas esperanças, para que juntos possamos construir, transformar este País um lugar que consegue unir às diferenças sem descaracterizar às nossas lutas. Depositamos a nossa Fé, em um território mais justo para todos, de um País plural, que não precisa esconder seu passado, como tem feito durante esses cinco séculos. É preciso permitir nós indígenas sejamos protagonistas da nossa história, não aceitamos mais sermos tratados como incapazes, ou como selvagens. Somos seres humanos, e precisamos ser reconhecidos, é a nossa dignidade que precisamos resgatar.

No Teatro Casa Grande, Leblon – Rio de Janeiro, eu entreguei em vossas mãos uma carta, e ouvi em sua fala, algo que nos reportou, vós dissestes: “às perdas nos tornam resistentes”, nós indígenas perdemos há 510 anos.

Abra espaços de libertação para todo o povo brasileiro, liberta-nos do “cativeiro”, indígenas, negros, favelados, sem terra, sem teto, camponeses, trabalhadores rurais, professores, homossexuais, pobres, miseráveis, enfim, todos os oprimidos, através da educação de qualidade, uma educação que faça o homem pensar, questionar, uma educação cidadã, que valorize o professor, junte a cultura com a educação, não conseguimos entender como se separa o corpo da alma, sem que seja um desenlace eterno, a educação é o corpo, a cultura é a alma - é a vida do homem.

Salve o Povo Brasileiro, de todas às cores e credos, mas que souberam escolher com propriedade a partir de um homem que veio do povo oprimido a força e a capacidade da MULHER.


Yakuy Tupinambá


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Auere!
Yakuy Tupinambá

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